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Tuberculose

Tuberculose

Saiba como controlar, curar e prevenir a tuberculose, uma das doenças que mais pessoas mata, por ano, em todo o mundo.

Emergência mundial

 

Morrem mais pessoas de tuberculose, em todo o mundo, do que de qualquer outra doença infecciosa durável. A tuberculose mata aproximadamente dois milhões de pessoas por ano, 98 por cento das quais em países em desenvolvimento. Um terço da população mundial encontra-se infectado pelo bacilo da tuberculose (bacilo de Koch).

Apesar das dimensões que atinge, esta pandemia foi durante muito tempo esquecida pelos doadores internacionais. Em 1990, o fluxo total da ajuda externa para esta doença diminuiu para uns escassos 16 milhões de dólares por ano.

Este fato levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar a tuberculose como uma emergência mundial. Feita há dez anos, esta declaração foi a primeira do gênero na história da OMS, tendo gerado um efeito positivo em várias áreas de atuação e junto de várias instituições e financiadores internacionais.

Cerca de dez milhões de tuberculosos completaram com sucesso o tratamento ao abrigo da estratégia DOTS (Directly Observed Therapy Short-Course), uma das mais bem sucedidas iniciativas de saúde pública com baixos custos alguma vez implementada a nível mundial. Esta estratégia não só salvou muitas vidas como reduziu ativamente a propagação da infecção.

O número de países que já adotaram e implementaram a estratégia DOTS atinge já mais de uma centena e meia, cobrindo mais de 60 por cento da população mundial.

A Parceria Global para Combater a Tuberculose (Global Partnership to Stop TB), lançada pela OMS em 2000, cresceu rapidamente e inclui já mais de 250 organizações entre os seus membros. Estas organizações coordenaram os seus esforços em grupos de trabalho que se debruçaram sobre a expansão da DOTS, sobre a infecção conjunta de tuberculose e do vírus da imunodeficiência humana (VIH), sobre a tuberculose resistente a medicamentos múltiplos e a pesquisa sobre novos diagnósticos, remédios e vacinas para a tuberculose.

 

O que é a tuberculose?

 

A tuberculose é uma doença infecciosa causada por um micróbio chamado “bacilo de Koch”. É uma doença contagiosa, que se transmite de pessoa para pessoa e que atinge sobretudo os pulmões. Pode também atingir outros órgãos e outras partes do nosso corpo, como os gânglios, os rins, os ossos, os intestinos e as meninges.

 

Quais são os sintomas mais evidentes?

 

  • Tosse crônica;

  • Febre;

  • Existência e persistência de suores noturno (dos que ensopam o lençol);

  • Dores no tórax;

  • Perda de peso, lenta e progressiva;

  • Falta de apetite, anorexia, apatia completa para com quase tudo o que está à volta.

Como se transmite?

 

A transmissão do micróbio da tuberculose processa-se pelo ar, através da respiração, que o faz penetrar no nosso organismo. Quando um doente com tuberculose tosse, fala ou espirra, espalha no ar pequenas gotas que contêm o bacilo de Koch. Uma pessoa saudável que respire o ar de determinado ambiente onde permaneceu um tuberculoso pode infectar-se.

Note-se que um espirro de um doente com tuberculose projeta no ar cerca de dois milhões de bacilos. Através da tosse, cerca de 3,5 mil partículas são igualmente projetadas para a atmosfera.

 

Todas as pessoas que entram em contacto com doentes tuberculosos podem ser contagiadas?

 

Não. A maior parte das vezes o organismo resiste e a pessoa não adoece. Contudo, por vezes, o organismo resiste no momento, mas continua a albergar o micróbio, motivo pelo qual quando fragilizado por alguma outra doença, como a sida, o câncer, a diabetes ou o alcoolismo, acaba não resistindo. Os idosos têm também mais possibilidades de adoecer logo após estarem em contacto com um tuberculoso, ou seja, com o ar que este respira.

Entre as pessoas que mais probabilidades têm de contrair esta infecção, contam-se os idosos, as crianças e as pessoas muito debilitadas por outras doenças.

 

Todos os pacientes com tuberculose podem transmitir a doença?

 

Não, apenas os doentes com o bacilo de Koch no pulmão e que sejam bacilíferos, isto é, que eliminem o bacilo no ar, através da tosse, espirro ou fala.

Quem tem tuberculose em outras partes do corpo não transmite a doença a ninguém porque não elimina o bacilo de Koch através da tosse.

Os doentes com tuberculose que já estão a ser tratados não oferecem perigo de contágio porque a partir do início do tratamento este risco vai diminuindo dia após dia. Quinze dias depois de iniciado o tratamento, é provável que o paciente já não elimine os bacilos de Koch.

 

Que fatores facilitam o contágio?

 

  • Estar na presença de um doente bacilífero (aquele que elimina muitos bacilos através da tosse, dos espirros, da fala);

  • Respirar em ambientes pouco arejados e nos quais há predominância de pessoas fragilizadas pela doença;

  • Permanecer vários dias em contacto com doentes tuberculosos.

 

Como se previne?

 

A prevenção é a arma mais poderosa e genericamente usada em todo o mundo. É feita através da vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guérin), que é aplicada nos primeiros 30 dias de vida e capaz de proteger contra as formas mais graves de tuberculose. É, por isso, obrigatória e tomada por milhões de crianças em todo o mundo.

Deve ainda tratar-se, o mais breve possível, os doentes com tuberculose, para que o contágio não prolifere, e procurar não respirar em ambientes saturados, pouco arejados e pouco limpos.

 

A tuberculose tem cura?

 

Sim. Se o doente seguir a prescrição do médico e as suas indicações, as oportunidades de cura atingem os 95 por cento. Mas para que assim seja, é fundamental não interromper o tratamento em hipótese alguma, nem mesmo se os sintomas desaparecerem.

 

Como se trata?

 

Quando alguém adoece por causa do micróbio da tuberculose e fica tuberculoso, o tratamento consiste na combinação de três medicamentos: rifampicina, isoniazida e pirazinamida. Este tratamento dura cerca de seis meses e deve ser sempre acompanhado pelo médico de família do seu centro de saúde.

 

Em que situações é preciso internar um doente com tuberculose?

 

Na maior parte dos casos, o tratamento deve ser ambulatório, ou seja, feito em casa e acompanhado no centro de saúde ou no hospital da área de residência do doente. Porém, se o diagnóstico não for feito no início da doença e os pulmões do doente ficarem gravemente afetados, inclusive originando outras complicações, o médico tem que observar o paciente e decidir se precisa do internamento. Nestas circunstâncias, as pessoas ficam muito fragilizadas e precisam de muito apoio.

No caso de um doente com tuberculose noutras partes do corpo, cabe ao médico tomar a decisão. Quando o doente contrai uma meningite tuberculosa tem forçosamente de ser internado.

 

A tuberculose mata?

 

Sim. Se uma pessoa com tuberculose não recorrer aos serviços médicos competentes e se não for tratada rapidamente e convenientemente, a probabilidade de vir a morrer em conseqüência da tuberculose é muito elevada.

Quando um doente abandona ou interrompe o tratamento que lhe foi prescrito, aumenta também a probabilidade de vir a morrer da doença, uma vez que possibilita o aparecimento de novos bacilos de Koch, resistentes aos medicamentos atualmente usados pelos médicos para o tratamento e controle da tuberculose.

 

Como se diagnostica?

 

Se tossir consecutivamente durante cerca de três semanas, é recomendável que consulte o médico do centro de saúde da sua área de residência. Este médico pode pedir-lhe para fazer o exame do escarro ou baciloscopia e também uma radiografia ao tórax. Através dos resultados destes dois exames estará, então, em condições de avançar com o diagnóstico e encaminhá-lo para os serviços médicos competentes.

 

Se for diagnosticada uma tuberculose, é necessário parar de beber e de fumar?

 

Sim. Não é aconselhável, como se sabe, a associação entre medicamentos e bebidas alcoólicas. Podem até gerar-se outras complicações, como, por exemplo, o aparecimento de hepatite. É também desejável e necessário que o paciente pare de fumar, até porque isso melhorará a sua saúde como um todo e beneficiará a recuperação dos pulmões.

Caso persistam dúvidas ou alguma impossibilidade por parte do paciente em seguir estas recomendações, aconselha-se conversar com o médico ou com o responsável de saúde do centro de saúde da sua área de residência.

 

As grávidas podem ser tratadas com os medicamentos habituais para a tuberculose?

 

Sim, pois os medicamentos costumam ser seguros. Mas também neste caso se aconselha a consulta e uma conversa com o médico assistente para esclarecimento de dúvidas, designadamente as que se relacionem com a saúde da mãe e do bebê.

 

Fonte:
Direção-Geral da Saúde

 

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